Mais de 12 milhões de brasileiros têm diabetes, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, por isso é fundamental ter mais conhecimento sobre o tratamento do diabetes, bem como fazer a aplicação de insulina corretamente.
Continue lendo este conteúdo para saber quais são os principais erros que alguém pode cometer ao aplicar insulina e como evitá-los!
*Atenção: este conteúdo é meramente informativo e não substitui a avaliação de um especialista.
Quais são os erros mais comuns que se comete na aplicação de insulina?
O aumento da glicemia (açúcar no sangue) é um sintoma da doença conhecida como diabetes. Isso ocorre quando o pâncreas é incapaz de produzir hormônio insulina o bastante para atender às necessidades do corpo.
Ou porque o hormônio não tem a capacidade de funcionar adequadamente (resistência à insulina). Ao permitir que o açúcar no sangue entre nas células e seja usado como fonte de energia, a insulina ajuda na redução dos níveis de açúcar no sangue.
Logo, se esse hormônio estiver ausente ou mesmo se não funcionar adequadamente, os níveis de glicose no sangue aumentarão, o que causará diabetes e é preciso controlá-la através da aplicação de insulina.
Embora uma caneta pré-cheia ou uma seringa possam ser usadas para administrar insulina, a seringa continua sendo o método mais popular e econômico.
Em todos os casos, a insulina deve ser injetada na camada de gordura abaixo da pele, onde lentamente irá absorver e mimetizar a produção da substância pelo pâncreas.
Porém, muitas pessoas ainda cometem alguns erros durante a aplicação da insulina, confira logo abaixo quais são!
1. Não fazer o rodízio do local de aplicação
Vale notar que deve haver um rodízio entre os locais de aplicação, isso reduz o risco de complicações na área de aplicação.
O rodízio é importante para prevenir a lipodistrofia, que é o acúmulo ou perda de gordura no local da aplicação, que compromete a absorção da insulina e leva a um distúrbio glicêmico.
2. Guardar a caneta com agulha após aplicação
Apesar de agulhas e seringas serem de uso único e descartáveis, pesquisas mostram que 80% das pessoas em todo o mundo reutilizam esse material.
Isso permite que a insulina vaze e, como resultado, pequenas bolhas de ar, muitas vezes imperceptíveis, crescem dentro do refil. A maioria das insulinas vendidas nas farmácias têm concentração de 100 UI/ml, ou 100 unidades de insulina por mililitro de líquido.
Algumas unidades foram perdidas porque o frasco contém ar.
Quando você não consegue perceber essas bolhas e aplica mesmo assim, você está administrando ar no lugar da insulina, que não tem o resultado desejado e leva a uma perda do controle glicêmico.
3. Armazenamento inadequado da insulina
A capacidade da insulina de regular o açúcar no sangue diminui quando exposta a calor ou frio extremos. Quanto maior a exposição, menos eficaz ela se torna.
Estas são as condições ideais para armazenar a insulina:
- A insulina fechada deve ser mantida no freezer (entre 2 e 7 graus Celsius);
- Um recipiente aberto pode ser mantido em temperatura ambiente ou na geladeira por, no máximo, 28 dias.
4. Uso de agulha com tamanho inadequado
Os tamanhos das agulhas para as canetas de aplicação de insulina são 4mm, 5mm, 6mm, 8mm e 12,7mm. Enquanto os tamanhos das agulhas para seringas são 6mm, 8mm e 12,7mm.
Pesquisas mostram que a espessura da pele não excede 2,5 milímetros, não importa qual seja a raça, sexo, idade ou porte físico da pessoa. Há o chamado tecido subcutâneo entre a pele e o músculo, que é a área onde a insulina deve ser aplicada para promover os efeitos da regulação do açúcar no sangue.
A quantidade de tecido subcutâneo varia de cada pessoa. Pessoas com mais peso que a média, têm mais gordura subcutânea do que pessoas mais magras.
Ao usar as agulhas compridas, o risco de aplicar insulina no músculo em vez da camada subcutânea é de aproximadamente 50%.
Quando a aplicação é feita no músculo, a insulina tem uma taxa de absorção mais rápida e pode resultar em uma crise de hiperglicemia. Desta forma, aconselha-se a utilização de agulhas menores, de preferência entre 4 e 6 mm.
O risco desta aplicação atingir um músculo diminui para menos de 1% e a aplicação também é mais confortável.
5. Usar insulina já aberta depois de vencido o prazo de validade
Após o uso do frasco, refil ou caneta descartável, a validade da insulina deixa de ser a mesma que está impressa tanto na caixa quanto no frasco. Essa validade varia de 4 a 8 semanas, dependendo do tipo de insulina.
Logo, é importante ficar atento quanto ao prazo de validade depois de abrir a insulina!
6. Não fazer refeições regulares
Faça refeições regulares,não pule refeições; se você janta às 19h horas, não deixe para jantar às 23 horas, isso pode causar flutuações na glicemia.
E não mude o tipo de conteúdo (não coma feijoada um dia e só salada no outro porque isso representa ingerir hidratos de carbono muito diferentes que podem causar instabilidade glicêmica).
7. Confundir as canetas injetoras
Não confunda as canetas injetoras. Elas já vem com cores diferentes para indicar que contêm diferentes tipos de insulina.
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Qual o efeito colateral de aplicar insulina?
Qualquer tipo de efeito colateral principal da insulina é a hipoglicemia, que é uma redução excessiva da glicose. Essa mudança causa sintomas como:
- Tremores;
- Tonturas;
- Fraqueza;
- Transpiração;
- Nervosismo.
É perigoso porque, se não corrigir de imediato, pode resultar em desmaio e até coma.
A hipoglicemia, na maioria das vezes, ocorre quando existe uma desregulação do tratamento. Essa desregulação pode ser decorrente de mudança na alimentação habitual, período prolongado sem comer, bebidas alcoólicas, exercícios ou estresse intenso.
O ideal é fazer várias pequenas refeições ao longo do dia, em vez de comer muito e com pouca frequência, seguindo uma dieta orientada por nutricionista, a fim de evitar esse efeito colateral e manter os níveis de glicose estáveis.
Além disso, é crucial conversar com o médico que o acompanha se a hipoglicemia ocorre com frequência para que você possa ajustar a dosagem de insulina e evitar essa complicação.
Também é preciso saber como fazer a correta aplicação da insulina para evitar que surjam lesões na pele ou no tecido adiposo, devido às aplicações constantes.
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